Nossa sugestão do mês de março é um artigo de revisão publicado na Medical Principles and Practice que conta um pouco mais sobre a metabolômica em análises clínicas e como essa estratégia permite a identificação de biomarcadores para diferentes tipos e estágios de doenças, além de fornecer resposta individualizada ao tratamento medicamentoso.
Como ponto de partida na nossa discussão, o autor afirma que as maiores desafios que impedem o uso generalizado da metabolômica nas análises clínicas é a escalabilidade da interpretação de dados, e a padronização de coleta e preparo de amostra.
Qual outros desafios vocês encontram comumente na análise de dados?
*Devido aos direitos de publicação, não disponibilizamos o artigo em formato pdf.
Acho que para alcançarmos a metabolômica translacional, precisamos ainda investir em um passo anterior a ela. Muitas vezes não se investe no processo de validação dos resultados, e acho que diversos motivos estão envolvidos como financimento, tempo, e ainda a própria dinâmica dos projetos de pesquisa. Trabalhos por exemplo de mestrado e doutorado (includindo o meu, rs) tem o prazo definido e, quando planejados no escopo de metabolômica untargeted, por exemplo, o mais comum é obter os resultados, anotar os metabólitos e fazer a interpretação dos resultados. Após isso, acabou-se o tempo, o projeto muda, o pesquisador muda, e resultados interessantes podem parar por ali. Dificilmente vemos um resultado muito interessante ser validado em um estudo futuro. Talvez esse seja o primeira caminho, ainda que difícil....